quarta-feira, 31 de março de 2010

Moradia para idosos

Aí vai uma dica de um projeto bem bacana.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Visita à casa modernista em SP


aí vai a dica...



O Museu da Casa Brasileira (MCB) inicia no sábado (27) a atividade “Visita guiada Warchavchik” à casa modernista da rua Itápolis, no bairro do Pacaembu, em São Paulo (SP). Ali, será aberta a exposição “Modernista 80 anos” nesta sexta-feira (26), mesma data em que inaugurou em 1930 a “Exposição de uma Casa Modernista”.

Com projeto do arquiteto ucraniano naturalizado brasileiro Gregori Warchavchik, a casa da rua Itápolis abrigou, em sua inauguração em 26/3/1930, a “Exposição de uma Casa Modernista”. Pela primeira vez no país, houve a reunião de diferentes artes visuais, como pintura e escultura, dentro de uma casa em estilo arquitetônico modernista e com uma decoração também modernista, e num jardim tropical de autoria da esposa do arquiteto, Mina Klabin Warchavchik. A casa é tombada como patrimônio histórico pelos órgãos das instâncias municipal, estadual e federal.

Restaurada por iniciativa da família Warchavchik, a casa modernista reúne mobiliário, filme e dezenas de fotografias das décadas de 30 e 40. A curadoria geral é de Carlos Eduardo Warchavchik, os textos sobre arquitetura são de José Correia Tavares de Lira e, a curadoria fotográfica, de Ricardo Mendes. O arquiteto Paulo Mauro Mayer de Aquino é o responsável pela organização do acervo, iniciada em 2005 e que resultou nesta exposição. No MCB haverá uma pequena mostra com maquetes, documentos originais e fotos, curados pela arquiteta Ilda Diniz Castello Branco.

No MCB, haverá duas maquetes: a da casa da rua Santa Cruz e, outra, do interior da casa da rua Itápolis, recriando a ambientação da exposição de 1930, ambas cedidas pela Pinacoteca do Estado. Em fotos, pode-se ver a casa modernista com sua arquitetura e paisagismo originais; a festa de inauguração com a presença de Mina Klabin, Oswald de Andrade, Mario de Andrade, Guilherme de Almeida; a decoração da casa com peças como pinturas de Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Anita Malfatti, Lasar Segall, escultura de Victor Brecheret, móveis e luminárias desenhadas por Warchavchik e tapetes do período Bauhaus. Também haverá um catálogo da exposição de 1930 e fotos de outras casas projetadas pelo arquiteto Warchavchik, como as da rua Bahia e rua Santa Cruz, ambas em São Paulo, e da rua Toneleros, no Rio de Janeiro (RJ).

Além da casa e do jardim restaurados, estarão em exposição cerca de 25 móveis e objetos desenhados por Warchavchik, alguns presentes na mostra de 1930.

A “Visita guiada Warchavchik”, acompanhada por educadores do MCB, é uma oportunidade rara de conhecer uma obra emblemática do modernismo. Através da casa ou de plantas arquitetônicas expostas, estará explicitada a fragilidade do patamar técnico e industrial vigente no país em 1930, e as concessões e adaptações necessárias para se apropriar do repertório “moderno” naquele contexto.

Podem ainda ser admiradas 20 plantas de projetos de Warchavchik, realizadas no período de 1920 a 1940, como a da residência de Felicíssima Assunção Lara; apartamento em Copacabana; oito casas populares na rua São Samuel, Vila Mariana; nove casas populares na rua Turiassu; conjunto de casas na rua D. Bertha, Vila Mariana; oito projetos de móveis; parque modernista da Vila Mariana. Em destaque, as plantas da casa modernista da rua Itápolis.

Em formato digital, haverá um pequeno filme feito na casa durante a exposição de 1930 de cerca de 5 minutos, intercalado com fragmentos do Neues Leben ou Das Neue Wohnen (novos amores ou a nova moradia), de Hans Richter (1930), contendo cenas de casas de Gregori Warchavchik. O automóvel usado por ele, da marca Ford, ano 1934, também faz parte da mostra.

O Warchavchik fotógrafo retratista de pessoas públicas, familiares ou anônimos, com um enquadramento, luz e tratamento muito característicos dos anos 40, se revela em cerca de 30 fotografias inéditas, ampliadas digitalmente. Ali, se vê o quarto de criança na casa modernista; parque modernista da Vila Mariana, construído em 1927; nove fotos do parque modernista nos anos 40. Também estarão em exposição cerca de 30 fotos, estilo portraits, dos anos 40.

Serviço
Visita guiada Warchavchik
Datas: 27 e 28 de março de 2010; 3 e 4 abril; 10 e 11 abril; 17 e 18 de abril, com saída do Museu da Casa Brasileira até rua Itápolis, 961, no Pacaembu
Vagas: 22 lugares para cada visita
Inscrições: (11) 3032-2564
Ingresso: Gratuito

Mostra no Museu da Casa Brasileira
Data: de 23/3/2010 a 18/4/2010
Endereço: Avenida Faria Lima, 2705, Jardim Paulistano, São Paulo (SP)
Informações: (11) 3032-3727 www.mcb.org.br

Mostra Modernista 80 anos na Casa Modernista
Data: de 26/3/2010 a 21/4/2010
Local: Rua Itápolis, 961 Pacaembu, São Paulo (SP)
Horários: de quarta a sexta-feira, das 13h às 18h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h
Ingresso: Gratuito
Informações: (11) 3661-5066

sábado, 27 de março de 2010

Santiago Calatrava


É impressionante o talento deste arquiteto. Na faculdade fiz muitos trabalhos sobre ele. O que mais me impressiona é sua habilidade para o desenho e para associar coisas orgânicas para se inspirar e projetar. Todos sabem que o esqueleto humano, por exemplo, é algo fascinante, a engenharia perfeita que faz nosso corpo se movimentar.. e Calatrava percebeu isso e usa essa engenharia em seus projetos fazendo belíssimos edificios..

abaixo mais um pouco sobre sua história e seus trabalhos.


Santiago Pevsner Calatrava Vall (Valência, 28 de julho de 1951) é um arquiteto eengenheiro espanhol cujo trabalho tem se tornado bastante popular nas últimas décadas.

Calatrava licenciou-se em arquitetura em 1974. Mudou-se para Zurique para estudarengenharia civil, licenciando-se em 1979 e doutorando-se em 1981. O partido de seus projetos, considerado único e altamente influente, é difícil estabelecer um perfil da arquitetura de Calatrava devido a sua complexidade e heterodoxia irredutíveis a fórmulas que combina uma presença visual marcante com conhecimentos tecnológicos sólidos.

Freqüentemente inspirado por formas orgânicas como esqueletos, seus trabalhos elevaram o desenho de certas obras de engenharia para novos patamares. Calatrava gosta de evidenciar o movimento das forças que animam as construções. Introduz soluções móveis e configurações dinâmicas, freqüentemente assimétricas. Talvez por isso seja classificado como um dos mais ativos "estruturistas" contemporâneos. Também gosta de dotar suas realizações de conotações organicistas e surrealistas. Inspira-se primordialmente nos seres da natureza (antropomórficos, harmonias e equilíbrios dos esqueletos ou das formas naturais, articulações-rótulas, tendões-cabos); assume muitos riscos na busca de um estilo próprio que se baseia na natureza. Em sua curta trajetória, já tem obras suficientemente importantes para ser reconhecido. Dotado de um grande talento para o desenho, também se ocupou de pesquisas paralelas à sua arquitetura, tanto no campo do desenho de objetos como no da escultura.



Estação do Oriente em Lisboa

A Gare do Oriente, também conhecida como Gare Intermodal de Lisboa (GIL), é uma das estações ferroviárias e rodoviárias mais importantes em Lisboa. Ficou concluída em 1998 para servir a Expo '98 e actualmente oParque das Nações.

O complexo inclui uma estação do Metropolitano de Lisboa (designada Oriente) no primeiro nível e um espaço comercial e uma estação rodoviária (tanto local como de médio/longo curso) nos dois níveis seguintes, sendo os dois últimos níveis ocupados pela estação ferroviária, servida pela CP com comboios suburbanos e por serviços de médio e longo curso.


Cidade das artes e da ciência

Cidade das artes e da ciência



Cidade das artes e da ciência

Cidade das artes e da ciência


Museu de Arte de Milwaukee



Matéria relacionada:

http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/santiago-calatrava-museu-de-19-05-2002.html

quinta-feira, 25 de março de 2010

Incrível Casa Subterrânea na Suiça




Dispensa comentários..
Sensacional!











terça-feira, 23 de março de 2010

Ludwig Mies van der Rohe


"Menos é mais..."

Esta frase de autoria do arquiteto, sintetiza seu trabalho e sua essência, assim como de todo o movimento modernista na arquitetura...


Arquiteto norte-americano
de origem alemã
27-3-1886, Aachen
17-8-1969, Chicago

Do Klick Educação

Mies van der Rohe foi, após um período inicial de influência arquitetônica neoclássica, um dos principais representantes da arquitetura do vidro e do aço. É considerado, com Walter Gropius, Le Corbusier e Frank Lloyd Wright, um dos arquitetos mais importantes do século XX. Usou cimento e estruturas de aço em suas primeiras casas e galpões industriais, mas o seu ideal estético incluía também o uso de materiais nobres como mármore travertino, ônix ou aço cromado. Sua primeira obra importante foi o pavilhão alemão para a Exposição Internacional de Barcelona, de 1929. Seus prédios de apartamentos abriram caminho, do ponto de vista construtivo e urbanístico, para obras posteriores. Disso são exemplos os Promontory Apartments de Chicago (1951); os Lake Shore Drive Apartments (1951); os Batery Park Apartments de Nova York (1957 a 1958) e o Seagram Building de Nova York (1956 a 1959). Suas obras mais conhecidas na Alemanha são a Colônia Weissenhorf de Stuttgart (1927) e a Neue Nationalgalerie de Berlim (1962-1968). No período compreendido entre 1930 e 1933, dirigiu a Bauhaus de Dessau. Emigrou para os Estados Unidos em 1937, onde dirigiu o departamento de arquitetura do Illinois Institute of Technology de Chicago, entre 1938 e 1959.


Promontory Apartments - Chicago


Seagram Building - NY




Barcelona Chair




Farnsworth House

Farnsworth House, ilustra o pensamento modernista de Mies. A residência localizada em Illinois,EUA,tem por característica a transparência e a fluidez dos espaços e a aparentemente inexistente conexão público-privado. Seu desenho é composto por linhas mínimas, uma linguagem de planos superpostos e a ilusão de que ela está flutuando sobre o solo.Com este exemplo Mies ajudou a criar o gênero arquitetônico conhecido como minimalismo.




sexta-feira, 19 de março de 2010

feng shui para o quarto

dreamstime
Menos é mais! Por isso, nada de muitos móveis, enfeites e aparelhos eletrônicos no quarto

Feng shui no quarto

por Fernanda Peruzzo




Sabia que a insônia pode ser resultado do desequilíbrio de energia? E que uma boa relação matrimonial, ao contrário, é conseqüência da harmonização do ambiente?

O feng shui ensina que o quarto é o local do repouso, do descanso, do amor e do sexo. Nenhuma outra atividade deve ser praticada nele sob pena de contaminar negativamente as energias do espaço e encher a vida de desarmonia. Ou seja, todas as atividades as quais estamos acostumadas a realizar no conforto da nossa cama fofa são proibidas. Nada de assistir televisão, usar o computador, trabalhar, estudar, comer ou fazer exercícios!

Para colocar o quarto em ordem energética, aí vão algumas regras de ouro:

Uso restrito

Reserve as atividades cotidianas e de trabalho para a sala de estar, cozinha ou escritório. O quarto deve permanecer reservado ao repouso e à intimidade do casal.

Espaço vazio

Uma vez que o quarto é reservado ao repouso, ele deve conter apenas vibrações calmas, relaxantes e amorosas. Estímulos e distrações apenas tiram o sono e acabam com a relação do casal (já tentou disputar atenção com uma partida de futebol?). Por isso, retire a televisão e todos os apetrechos eletrônicos, como aparelhos de som, computadores e telefones. Plantas também trazem vibrações dinâmicas ao quarto e devem ser evitadas.

Eleja poucos e belos móveis e prefira cores claras tanto na mobília como nas paredes. Os tons claros de azul, verde, amarelo, pêssego e branco são os mais indicados.

Posição certa

A cama deve ser posicionada contra uma parede. Essa parede não deve conter nenhum elemento arquitetônico, principalmente janelas. É bom que ela esteja longe da porta de entrada do quarto, mas jamais à frente dela. A posição correta da cama é na diagonal à porta. Assim, quando estiver deitada, você verá a entrada claramente, sem sobressaltos, e manterá a segurança do leito.

Para manter o equilíbrio no casamento, e, portanto, a felicidade, é bom deixar espaços livres ao lado da cama. Mas certifique-se de que esses espaços sejam iguais.

Cama dos bons sonos

Não é só a posição da cama que importa no feng shui. A qualidade e tamanho dela também são essenciais na manutenção da harmonia. Em geral, ela não precisa ser nem alta demais nem baixa demais; tampouco grande demais o muito pequena. O ideal é o tamanho médio, numa altura média. Se a estrutura for em madeira ou metal, melhor. A cabeceira é importante e ela deve ser um apoio sólido. Evite instalar prateleiras ou armários na mesma parede da cabeceira: elas podem trazer confusão espiritual.

Se puder comprar uma cama novinha você experimentará uma evolução positiva na vida. Se isso não for possível, compre novas roupas de cama, travesseiros e colchas: você ganhará peças novas, que poderá carregar com boas energias.

Mantenha a ordem

A regra número um do feng shui é ainda mais importante nesta peça. Porque a organização do quarto faz a energia circular melhor e mantém bem afastadas as idéias de problemas ou empecilhos. Tente arrumar a cama todas as manhãs e evite deixar roupa espalhada pelo chão. A limpeza também é importante e deve ser freqüente. Porque poeira e bom sono não combinam.

Respeite o casal

O canto localizado ao fundo direto do quarto visto a partir da porta de entrada, é conhecido como a área do casamento. Se você respeitar as regras de posicionamento da cama, essa área coincidirá com o lado direto da cabeceira da cama, onde deve estar um dos criados-mudos. Essa é a área das relações amorosas e por isso deve ser bem ornamentada. Prefira os objetos que remetam ao amor, como flores, estátuas, perfumes ou mesmo fotos de paisagens ensolaradas. E nunca, em hipótese alguma, coloque ali uma foto de família ou dos pais. Porque isso poderá acarrear o fim da relação (se bem que se o seu marido resolveu colocar uma foto da mãe no quarto de vocês, talvez trocar de marido não seja uma idéia tão ruim...)


http://meiafina.pop.com.br/decoracao/news/815/

olimpíadas Rio 2016

estava curiosa para saber noticias sobre os projetos para as olimpíadas do Rio.. aí vai uma matéria da arcoweb.. o projeto é de um escritório de BH.. gostei!


http://www.arcoweb.com.br/especiais/urbanismo-arquitetura-bcmf-rio-2016-olimpiada-15-03-2010.html

quinta-feira, 18 de março de 2010

apto em SP...

em visita ao Rio no carnaval, na casa de uma amiga, tb arquiteta, folheei uma revista de arquitetura e vi esta matéria sobre a reforma de um apto... um encanto... o piso de taco foi pintado de branco.. paredes em cimento queimado, um aquário para dividir ambientes.. o detalhe da cozinha, do banheiro.. e a aconchegante área externa... fiquei com vontade de morar ali...

quarta-feira, 17 de março de 2010

mais dicas...

mais uma matéria da Arq. Maria Augusta p/ o Inana... vale muito a pena dar uma olhada.. ADOREI!

bauhaus

"A arquitetura é a meta de toda a atividade criadora. Completá-la e embelezá-la foi, antigamente, a principal tarefa das artes plásticas... Não há diferença fundamental entre o artesão e o artista... Mas todo artista deve necessariamente possuir competência técnica. Aí reside sua verdadeira fonte de inspiração criadora...

Formaremos uma escola sem separação de gêneros que criam barreiras entre o artesão e o artista. Conceberemos uma arquitetura nova, a arquitetura do futuro, em que a pintura, a escultura e a arquitetura formarão um só conjunto."

Tais palavras, que constam do primeiro manifesto da Bauhaus, redigido em 1919 por Walter Gropius, definem as idéias básicas dessa escola de arte e do movimento desencadeado por ela na Alemanha, entre 1919 e 1933. A Bauhaus congregou importantes criadores de vanguarda, que fixaram algumas diretrizes estéticas que iriam prevalecer em todo o mundo durante o século XX.

Período de Weimar.

Em 1919, o arquiteto alemão Walter Gropius integrou duas escolas existentes na cidade de Weimar, a Escola de Artes e Ofícios, do belga Henri van de Velde, e a de Belas-Artes, do alemão Hermann Muthesius, e fundou uma nova escola de arquitetura e desenho a que deu o nome de Staatliches Bauhaus (Casa Estatal de Construção), com sede em um edifício construído em 1905 por Van de Velde.

As origens mais remotas da Bauhaus provêm do movimento Arts and Crafts, do inglês William Morris, que procurou restabelecer a dignidade medieval do artesanato e do artesão. Todavia, o ensino da Bauhaus opunha-se às concepções de Morris, contrárias à revolução tecnológica e à produção em série. Também não agradava a Gropius o estilo art nouveau, devido a seu caráter decorativo e esteticista.

A ascendência mais próxima da Bauhaus está na associação Deutscher Werkbund, fundada em 1907 por Hermann Muthesius para incentivar as relações entre os artistas modernos, os artesãos qualificados e a indústria. Muthesius desejava criar o que chamava de Maschinenstil (estilo da máquina). Gropius, que foi membro da Werkbund, materializou esse objetivo, em grande parte, na Bauhaus.

A Bauhaus combatia a arte pela arte e estimulava a livre criação com a finalidade de ressaltar a personalidade do homem. Mais importante que formar um profissional, segundo Gropius, era formar homens ligados aos fenômenos culturais e sociais mais expressivos do mundo moderno. Por isso, entre professores e alunos havia liberdade de criação, mas dentro de convicções filosóficas comuns.

O ensino era suficientemente elástico, com a participação, na pesquisa conjunta, de artistas, mestres de oficinas e alunos. Para Gropius, a unidade arquitetônica só podia ser obtida pela tarefa coletiva, que incluía os mais diferentes tipos de criação, como a pintura, a música, a dança, a fotografia e o teatro.

De tal maneira a filosofia da Bauhaus impregnou seus membros que sem demora se definiu um estilo em seus produtos despidos de ornamentos, funcionais e econômicos, cujos protótipos saíam de suas oficinas para a execução em série na indústria. O estilo Bauhaus era fruto do pensamento dos professores, recrutados, sem discriminação de nacionalidade, entre membros dos movimentos abstrato e cubista.

Ao iniciar a Bauhaus, Gropius apoiou-se principalmente em três mestres: o pintor americano Lyonel Feininger, o escultor e gravador alemão Gerhard Marcks e o pintor suíço Johannes Itten. A eles se juntaram depois artistas da categoria de Oskar Schlemmer, Paul Klee, Wassili Kandinski, László Moholy-Nagy e Ludwig Mies van der Rohe. Em 1925, Josef Albers e Marcel Breuer passaram a fazer parte do grupo.

Mudança para Dessau.

Ameaçada de dissolução pela forte oposição dos conservadores a suas inovações, a escola mudou-se em 1925 para Dessau, onde ficou até o advento do nazismo. Para abrigá-la, Gropius projetou e construiu um conjunto de prédios que eram, em si mesmos, um manifesto de arquitetura moderna e uma das mais extraordinárias obras da década de 1920.

As atividades da Bauhaus intensificaram-se em Dessau com o lançamento de publicações e a organização de exposições. Uma clara mentalidade racionalista presidia à elaboração dos projetos. Em 1928, Gropius passou o cargo de diretor ao suíço Hannes Meyer, abandonando a escola, já então consolidada, junto com Moholy-Nagy e Breuer.

A nova direção deu realce ainda maior à arquitetura e assistiu à chegada das influências do construtivismo russo. Em 1930, Meyer, cuja postura esquerdista não era bem vista pelas autoridades, foi substituído pelo arquiteto alemão Mies van der Rohe. Este reorganizou a escola e deu-lhe um novo impulso.

Últimos anos.

Em 1932, com a chegada dos nazistas ao poder em Dessau, a Bauhaus se transferiu para Berlim, onde continuou a funcionar até seu fechamento definitivo em 1933. As possibilidades da vanguarda alemã, com isso, se fecharam também, mas o ensino inovador da Bauhaus já havia se difundido a essa altura nos principais centros de arte. Tal difusão tornou-se ainda maior quando os grandes mestres da escola, devido às perseguições nazistas, passaram a emigrar, principalmente para os Estados Unidos e a Inglaterra.

Em 1928, Sandor Bortink fundou em Budapest o Mühely, também chamado Bauhaus de Budapeste, que existiu até 1938.

Em 1933, Josef Albers instalou um departamento do tipo Bauhaus no Black Mountain College (Carolina do Norte, Estados Unidos) e depois na Universidade de Harvard.

Em 1937, Moholy-Nagy criou em Chicago a New Bauhaus, mais tarde incorporada ao MIT (Massachusetts Institute of Technology). Gropius passou a lecionar em Harvard e Mies van der Rohe tornou-se um dos principais arquitetos da remodelação de Chicago.

Em 1950 inaugurou-se em Ulm, na Alemanha, a Hochschule für Gestaltung (Escola Superior da Forma), dirigida por Max Bill, ex-aluno da Bauhaus de Dessau. A essa última instituição, em especial, coube dar seguimento programático às formulações da antiga Bauhaus -- uma escola que se integrou perfeitamente no contexto da civilização do século XX para dar-lhe uma visualidade própria.

Bauhaus - Um centro de agitação criativa

Fonte: Enciclopédia Digital

A Bauhaus, mais que uma escola de artes e arquitetura, foi um centro de agitação de todas as disposições criativas da época, que assinalou o início de uma nova fase na arquitetura mundial.

Um de seus principais méritos consiste em ter alterado as relações entre desenho e arte industrial. Além disso, as experiências pedagógicas de Klee e Kandisky acabaram sendo publicadas em verdadeiros tratados sobre arte.

O embrião da Bauhaus foi a escola de artes aplicadas de Weimar, fundada em 1906 pelo grão-duque de Sax-Weimar. Inicialmente foi dirigida por Henry Van de Velde (1863 - 1957), que, quando deixa a Alemanha, indica Walter Gropius (1883 - 1969) como seu sucessor; assumindo a direção em 1919, este reestruturou a escola e a batizou Bauhaus.

As idéias de Gropius baseavam-se fundamentalmente na combinação de um ideal morrisiano (William Morris, que acreditava que o artista deveria desenhar e executar seu trabalho) com a idéia da unidade entre o monumental, grandioso e os elementos decorativos. Visava criar uma nova forma de arquitetura moderna.

O primeiro manifesto, influenciado pelos ideais do impressionismo, bastante em voga na Alemanha pós-guerra, proclamava, em tom entusiasta, a união de artistas e arquitetos na procura da melhor relação entre a forma e o material, forma e função e entre a forma e o modo de produção:

"A Bauhaus almeja constituir em unidade o conjunto de disciplinas artísticas - escultura, pintura, desenho e artes aplicadas - para incorporá-las a uma arquitetura de novo cunho".

O método da escola consistia basicamente em introduzir os estudantes aos princípios da forma, instruí-los no trabalho com materiais, cores e texturas, orientá-los no estudo de obras pictóricas e sobretudo procurava estimular a livre criatividade.

A instituição não estava empenhada na busca de um estilo próprio, pelo contrário, sua postura era independente de qualquer modelo preestabelecido, não se caracterizando como uma academia fechada.

A partir de 1923, cresce em importância para essa escola a figura do artífice edesigner no processo industrial de massa. O estilo Bauhaus, com forte influência de idéias socialistas, apesar de impessoal e severo (bastante geométrico), possuía um elevado refinamento de formas e linhas. Esse refinamento é creditado, de uma certa forma, ao ideal de economia dos materiais, que exigia um profundo conhecimento de suas possibilidades.

Foi estabelecido um bom inter-relacionamento entre as "pesquisas" e conquistas obtidas na escola e a própria indústria, que acabou por utilizar-se de muitos de seus produtos para a manufaturação em larga escala.

A escola passa a exercer forte influência sobre a sociedade de Weimar, com suas utopias sociais e idéias avançadas. Isso incomoda os setores conservadores locais que, em 1924, ao vencerem as eleições, forçam a dissolução da escola.

Em 1926 a Bauhaus se estabelece em Dessau, aonde é construído o novo edifício da escola, projetado por Gropius; um marco da arquitetura do século XX que estabelece um novo princípio estético, com o uso de volumes limpos e definidos. Essa mudança marca o início de uma nova fase, cuja produção se caracteriza pela simplicidade racional e pela preocupação com a viabilização econômica dos projetos.

Nesse mesmo ano Hannes Meyer (1889 - 1954) assume o departamento de arquitetura da instituição planejando intensificar as atividades sociais desta: "As necessidades das pessoas em lugar das necessidades do luxo".

Em 1928 Gropius renuncia à direção da escola devido às dificuldades políticas que vinha encontrando no cargo e nomeia Meyer como seu sucessor. Porém o crescimento político da direita acaba por forçar a destituição deste em 1930.

Mies Van der Rohe assume cargo, porém, em 1932, a escola é novamente fechada e dissolvida; durante seis meses ele ainda tenta continuar com a instituição em Berlim, agora como um empresa privada mas esta é definitivamente desativada pelos nazistas em 20 de julho de 1933.

Esse fechamento da escola, porém, longe de tirar sua força, difundiu ainda mais seus ideais, uma vez que os artistas que lá se reuniam espalharam-se por vários países. Acabaram parando nas principais escolas de arte do Ocidente, fundamentando seu ensino nas conquistas de Bauhaus.

Um bom exemplo disso é o professor da escola alemã no período de 1923 a 1928, László Moholy-Nagy, que fundou o New Bauhaus, em Chicago (posterior Instituto de Desenho). O exílio forçado de vários membros da Bauhaus propagou seus ideais, influenciando arquitetos por todo o mundo, principalmente nos Estados Unidos, que fatalmente recebeu a maior parte daqueles artistas e arquitetos.

Fonte: Encyclopaedia Britannica do Brasil.